Em 2020, clínico geral teria espancado, desfigurado o rosto, causado perda de 40% da audição e quase matado ex-companheira. Outra ex-companheira teria sido dopada e estuprada por ele. Contratação do suspeito pode reacender discussão sobre entrada de OSs no município
Na tarde desta segunda-feira, 6, uma bomba caiu sobre a Secretaria de Saúde de Nova Friburgo. Um clínico geral que até o último domingo, 5, teria dado plantão no Hospital Municipal Raul Sertã, é acusado de, em 2020, agredir e quase matar a ex-companheira, na região dos lagos. Contra o médico, existiriam ao todo 17 processos por estupro e tentativa de feminicídio.
O caso do médico ganhou repercussão nacional à época ao estampar telejornais, jornais impressos e portais notícias. Segundo as informações que saíram na imprensa, em 2020, após espancar a então namorada, uma corretora de imóveis, e deixá-la em cárcere privado, prejudicado 40% da audição, quebrado o nariz e fazer com que ela precisasse realizar diversos procedimentos cirúrgicos, o médico não foi encontrado pela polícia e foi considerado foragido.
O médico teria ainda sido acusado de dopar a namorada anterior e estuprá-la, além de mantê-la em cárcere privado.
Consórcio
A contratação do clínico geral para atuar como clínico geral no Hospital Raul Sertã se deu através da empresa JMF Soluções em Saúde, de Cantagalo-RJ. A empresa faz parte de um consórcio de saúde ao qual a Prefeitura de Nova Friburgo participa, ao custo de cerca de R$ 9 mil mensais.
Em dezembro, o vereador Maicon Queiroz explicou a atuação deste consórcio: “Este consórcio contrata uma empresa e esta empresa vai contratar médicos para o Hospital Maternidade e Raul Sertã. Esses médicos não têm vínculo com o Município. O Município paga ao consórcio, que paga à empresa e a empresa paga os médicos”, explicou.
À época, o vereador lutava para impedir uma manobra da Prefeitura que permitiria legalizar a terceirização da gestão de profissionais médicos no município. Com ampla maioria, a Câmara aprovou a proposta de mudança na Lei Orgânica Municipal e deu o aval para que o Executivo firme contratos com OSs e terceirizadas para gerenciar alguns setores da cidade, entre eles a Saúde.
Os vereadores contrários a entrada das empresas prestadoras de serviços terceirizadas no município, alertaram para este “perigo”. Segundo eles, o medo era justamente a perda do controle da contratação destes profissionais, responsáveis por realizar atendimentos à população de Nova Friburgo..
Ao saber dos antecedentes criminais do médico, a empresa JMF teria encerrado o contrato com o médico. Não se sabe ao certo se o clínico geral ainda era considerado foragido ou se teria sido liberado pela justiça para responder os processos em liberdade.
O EcoSerrano entrou em contato com a SubSecretaria de Comunicação da Prefeitura e também com a JMF Soluções em Saúde, mas até o fechamento desta reportagem, não obteve retorno. O portal também tentou localizar profissional de saúde, mas não conseguiu contato.
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2 comentários
Fala Guilherme bota na reportagem aí que agente da ki da granja do céu tá pedindo socorro e buracos e matos tomando contas das ruas e barreira na grota funda
Olá, Heitor. Entrei em contato via e-mail com você. Abraços