No Dia Internacional Contra Homofobia e Transfobia, o EcoSerrano reuniu depoimentos emocionantes de quem luta contra o preconceito
Esta semana, países do mundo todo enaltecem a luta contra o preconceito. Na última terça-feira, 17, esteve em foco o Dia Internacional Contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia. A data é uma forma de conscientizar a população sobre as violações dos direitos LGBTQI+ e estimular o interesse pelo trabalho pelos direitos LGBTQI+ em todo o mundo.
Segundo os principais movimentos, O objetivo das mobilizações de 17 de maio é aumentar a conscientização sobre violência, discriminação e repressão de comunidades LGBT em todo o mundo, o que, por sua vez, oferece uma oportunidade de agir e dialogar com a mídia, legisladores, opinião pública e sociedade civil em geral.
Segundo as lideranças, essa abordagem descentralizada é necessária devido à diversidade de contextos sociais, religiosos, culturais e políticos em que ocorrem violações de direitos. Como tal, isso leva a uma variedade de eventos e abordagens para comemorar o Dia Internacional contra a Homofobia.
E para reforçar a ideia de um amplo diálogo e conscientização, o EcoSerrano ouviu leitores sobre a incansável luta contra o preconceito.
Pedro Prince – Rei do Carnaval 2020-2021 (capa)
“A minha luta contra o preconceito vem desde criança. Eu precisava me impor para ser respeitado e mesmo assim era difícil. Mas eu nunca abaixei a cabeça para essas coisas. Já cheguei em casa e chorei porque ninguém é forte o tempo inteiro. Friburgo é uma cidade conservadora. Ainda há muito preconceito, mas estamos quebrando isso aos poucos. Para o Futuro, eu desejo o respeito a liberdade de cada pessoa porque isso nos traz paz.”
Rafael Soares
Infelizmente a nossa cidade possui pessoas preconceituosas. Sinto isso e vejo quando eu saio e uso as minhas roupas. Procuro não abaixar a minha cabeça e respondo a altura. Me calei por muitos anos e hoje se eu não me defender isso só tende a piorar. Fica até difícil de falar algo sobre (o futuro), pois sempre falamos em futuro e ele sempre chega e nada acontece, precisamos pensar no agora nesse instante, precisamos dar um basta nisso.
Rômulo Bittencourt
Eu já fui mais efusivo na hora levantar a bandeira (LGBTQI+). Não sofro preconceito, pelo menos não escancarado. Acho que ser uma pessoa honesta, que trabalha, que paga suas contas já é o suficiente, afinal com quem me relaciono só diz respeito a mim! Vivemos em uma sociedade preconceituosa, em todos os aspectos, mas o pior preconceito é o que vem de dentro de casa, da sua família, de um parente seu. Acho que a primeira coisa que um gay busca é aceitação da família, e quando isso não acontece é bem mais doloroso que sofrer preconceito da sociedade.