Durante obra de modernização, achado histórico do Barão de Nova Friburgo foi descoberto por pesquisadores
Durante as obras de modernização do sistema de esgotos no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, arqueólogos e pesquisadores fizeram uma descoberta notável: um pavimento de ladrilhos hidráulicos do século XIX, preservado a 75 cm abaixo do solo atual. Esse achado remonta ao período de Antônio Clemente Pinto, o Barão de Nova Friburgo, uma das figuras mais influentes do Brasil Imperial e responsável pela construção do edifício, então conhecido como Palácio Nova Friburgo.
O processo de escavação e catalogação, conduzido por uma equipe de arqueologia, identificou que os ladrilhos possuíam um padrão decorativo característico da época e estilo empregados em construções nobres do século XIX. Esses ladrilhos possivelmente ornamentaram os ambientes do palácio que, além de ser uma residência suntuosa, também recebia a elite do Império e desempenhava um papel importante no cenário político e social da época.
A História do Barão de Nova Friburgo
Nascido em Portugal, Antônio Clemente Pinto chegou ao Brasil em 1821, quando o país ainda era colônia portuguesa. Com grande visão para os negócios, o Barão de Nova Friburgo se destacou na produção de café, em atividades de exportação, acumulando riqueza e influência ao longo das décadas, a base do trabalho escravo. Tornou-se um dos homens mais ricos do Império e foi agraciado com o título de nobreza pelo próprio imperador, Pedro II, em reconhecimento às suas contribuições econômicas e políticas.
Além do café, ele se dedicou à construção do palácio no bairro do Catete, que serviu de sua residência e foi um símbolo de seu prestígio e posição social. Com traços inspirados na arquitetura europeia, o Palácio Nova Friburgo apresentava não apenas a grandiosidade da aristocracia da época, mas também as inovações e técnicas europeias, como o uso de ladrilhos hidráulicos, que agora vieram à tona com a recente descoberta arqueológica.
Impacto e Preservação
O achado dos ladrilhos permite um vislumbre raro da vida palaciana do século XIX, proporcionando uma conexão física com a história imperial do Brasil. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) acompanhará a preservação dos ladrilhos e a integração da descoberta ao acervo histórico do Palácio do Catete, atual Museu da República.
A descoberta reacendeu o interesse pela história do Barão de Nova Friburgo, cuja trajetória reflete o poderio da aristocracia cafeeira e as transformações econômicas e sociais do Brasil no período imperial. A preservação dos ladrilhos, portanto, não só garante um fragmento importante da arquitetura histórica do país, mas também um legado cultural que enriquece o patrimônio nacional.
Patrimônio Cultural
O público interessado poderá conhecer mais sobre o pavimento e os ladrilhos hidráulicos do século XIX em uma exposição futura, planejada para integrar os novos achados à narrativa histórica do Palácio do Catete. Assim, visitantes poderão reviver um pedaço do Brasil Imperial e conhecer melhor a vida e o legado do Barão de Nova Friburgo, um visionário que ajudou a moldar o país em uma era de transformações.
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1 comentários
Informação errada na reportagem: “Antônio Clemente Pinto chegou ao Brasil em 1821, quando o país ainda era colônia portuguesa.”
O Brasil era parte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, sendo a Cidade do Rio de Janeiro a Capital desse Reino Unido, que foi criado em 16 de dezembro de 1815.