Café Monthal, de Bom Jardim, é premiado e eleito um dos melhores do país

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Cultivado em fazenda de Bom Jardim, produção alia tecnologia e inovação. “Valorização deste café é de fundamental importância para a sobrevivência da cafeicultura do Rio”, diz pesquisador da marca 

Presente em praticamente todas as refeições do brasileiro, desde o café da manhã até o lanchinho da tarde, o café é a bebida xodó do país. Combina com tudo. Desde um biscoitinho amanteigado ao pão na chapa. O café ajuda a muitos a encararem a rotina de trabalho ou dar uma pausa na correria do dia a dia. Não era de se esperar que o país, desde as épocas de colônia, não continuasse a se superar na tecnologia da produção deste grãos. É por isso que o Café Monthal, produzido na Fazenda Goiabal, foi premiado em mais uma oportunidade. A fazenda fica em Barra Alegre, 4º distrito de Bom Jardim e tem sido orgulho para a região serrana.

Em 2021, a marca conquistou o 1° lugar no Concurso ABIC 2021 de qualidade do café e o 2° lugar no Prêmio Mulheres do Agro 2021. Este ano, o Café Monthal conquistou o 3º lugar concedido pela Timac Agro Brasil, que contou com a participação de 65 cafés especiais de diversos estados.

História

Os primeiros registros da Fazenda Goiabal, datam de 1827 quando José Erthal adquiriu a propriedade repleta de goiabeiras. A família é pioneira na região do plantio de café e por todas as gerações seguintes o amor pelo café permaneceu. A partir de 2010 começou a trabalhar efetivamente no processo de cafés especiais introduzindo novos métodos de colheita, secagem e armazenamento.

Com implantação de terreiros suspensos, estufas e coberturas de terreiro está a cada ano buscando novos conhecimentos em tecnologia e inovação. Hoje, é administrada pela 4ª Geração da família. José Eugênio Erthal lida com a propriedade sob uma nova ótica, focada na sustentabilidade e elevação do grau de qualidade e é o grande responsável pelo cuidados com a lavouras; Eleonora Erthal sua esposa que é a gestora; e suas filhas, Débora Erthal e Dayse Erthal são responsáveis pela administração geral.

Da exportação para o consumo interno

O café que em quase toda sua totalidade era exportado, agora tem uma parcela que abastece mercados selecionados no Rio de Janeiro, sob a etiqueta Café Monthal Farm. Uma linda fazenda, reconhecida pelo seu café, leite e queijo que periodicamente abre as portas para um tour de experiências, onde através de visitas guiadas o visitante pode conhecer um pouco da cultura do campo e as etapas de processamento do café. Da colheita à torra, com um pouco de história, culminando em um mini tour gustativo pelos diversos modos de preparo da bebida.

Felipe Silva, responsável pela área de pesquisa e inovação da Monthal contou ao EcoSerrano que a família quase encerrou as atividades, após um grande incêndio na fazenda, durante a pandemia.

“Seria o melhor ano para a indústria do café. Cogitamos desistir do cultivo, mas temos uma responsabilidade social muito grande. Na fazenda moram 22 famílias que estão lá há gerações. Mudamos a planta dos galpões de secagem, que hoje além da segurança tem total ergonomia, temos placas solares que nos trazem autonomia energética, monitores IOT para secagem, o que nos garante maior sustentabilidade na queima da palha e gera menos CO2. Todos os processos hoje possuem dados, que vão da medição da lavoura por satélite, para que possamos usar de forma inteligente o uso de defensivos e estação meteorológicas que garantem uma maior precisão para qualidade do café.”, explicou.

De acordo com Felipe, os especialistas reconhecem que o café da montanha é muito melhor em qualidade que o de planície, mas a colheita é mais árdua e difícil. 

“A valorização deste café é de fundamental importância para a sobrevivência da cafeicultura do RJ. Com estas atitudes envolvendo inovação, tecnologia e sustentabilidade, conseguimos trazer para o Rio diversos prêmios, o último o 3º lugar nacional no prêmio TIMAC. Este prêmio é promovido por uma importante empresa de adubos e defensivos agrícolas. Também conquistamos o 2º lugar regional neste ano do prêmio Abic. Nos orgulhamos depois de tantos percalços no caminho estar conseguindo contribuir para o crescimento e fortalecimento do café de qualidade em nossa região”, comemorou Felipe.

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