Após acordos, rede que tem lojas em todos estado, incluindo Rio de Janeiro, Baixada Fluminense e Nova Friburgo tem dificuldades para quitar débitos. Veja qual é a loja na matéria
A Leader Magazine, ícone do varejo carioca que por décadas teve seu espaço garantido no imaginário popular com campanhas marcantes e forte presença, enfrenta hoje um dos momentos mais críticos de sua história. Fundada em 1951 na cidade de Miracema, a rede que já operou mais de 90 lojas pelo Brasil está novamente em dificuldades financeiras, acumulando dívidas milionárias e renegociando prazos com seus credores.
Recentemente, a empresa foi adquirida por Renato Vaz Heringer e Márcio Margreife Lima, ligados ao grupo Mauá Bank, com a promessa de revitalizar as operações e sanar passivos acumulados. Com sede transferida para o histórico Edifício Sulamérica, no Centro do Rio de Janeiro, a nova gestão implementou medidas iniciais como acordos de regularização trabalhista e negociação de dívidas municipais, incluindo o pagamento de IPTUs em atraso. A reabertura da unidade de Bonsucesso e o reabastecimento das lojas, incluindo a da Rua Uruguaiana, pareciam indicar um novo começo.
No entanto, a retomada das atividades encontrou obstáculos significativos. A empresa reporta dificuldades com bloqueios judiciais de suas contas, o que teria afetado os acordos firmados com fornecedores, trabalhadores e locadores. No Centro do Rio, unidades em ruas tradicionais como a Uruguaiana e a Rua do Riachuelo acumulam aluguéis e despesas de ocupação não pagas, e um dos locadores já iniciou ações de despejo. Em Nova Friburgo, a unidade está localizada no Shopping Cadima. A falta de pagamento preocupa credores e gera dúvidas sobre a viabilidade do plano de recuperação judicial iniciado em 2020, que prevê um alongado prazo de quitação dos passivos.
O plano de recuperação, implementado inicialmente por André Peixoto, incluiu uma proposta que adia o pagamento de valores superiores a R$ 60 mil por um período de quatro anos e os divide em doze parcelas anuais. O plano previa que o cumprimento integral das parcelas dependeria de um faturamento mínimo de R$ 1,3 bilhão por ano. Apesar de um acordo com a Procuradoria Geral do Estado para amortizar dívidas de R$ 810 milhões em um período de 15 anos, a empresa não teria cumprido integralmente suas obrigações fiscais e trabalhistas desde então.
A crise atual reflete também a complexidade das operações empresariais, pois os novos proprietários da Leader já possuem experiência em aquisição de negócios em dificuldades. Mesmo diante de uma gestão estruturada e da experiência de investidores em negócios com alto risco, a recuperação da Leader permanece incerta, com desafios para reconquistar a confiança do mercado e do público.
Em resposta oficial, a Leader Magazine explicou que as dificuldades de fluxo de caixa nos últimos dois meses se devem a bloqueios judiciais inesperados, o que teria comprometido o cumprimento dos acordos. A rede segue buscando alternativas para estabilizar as finanças e espera regularizar a situação ainda na primeira quinzena de novembro, com a intenção de continuar expandindo seu alcance para garantir maior fluxo de receita.
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