Professores são alvo de bombas de efeito moral e gas de pimenta no Rio de Janeiro durante protesto

Após recuar para bandidos, polícia engrossa contra educadores no Rio de Janeiro

531 visualizações

Bombas de efeito moral e balas de borracha foram disparadas. Um professor ficou ferido. Veja o vídeo do momento em que as bombas e os tiros foram disparados

Na tarde desta terça-feira (3), a Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro, foi palco de um intenso protesto de educadores contra a votação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 186/2024 na Câmara Municipal. A manifestação, organizada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (SEPE-RJ), resultou em confrontos com agentes da Polícia Militar (PM), deixando professores feridos por balas de borracha e agressões com cassetetes, além do uso de bombas de efeito moral.

No dia 24 de outubro, após tentar realizar uma operação no Complexo de Israel, a polícia militar se viu acuada frente aos bandidos e precisou fugir do local. Durante a operação, três pessoas morreram e outras três ficaram feridas. No entanto, na tarde desta terça-feira, 3 de dezembro, de acordo com o SEPE-RJ, a falta de atitude de enfrentamento da polícia no Complexo de Israel foi oposta ao que se viu na Cinelândia aos educadores desarmados.

O que é o PLC 186/2024?

O PLC 186/2024 propõe mudanças que afetam diretamente os direitos dos profissionais da educação, como a redução da hora-aula, cortes na Licença Especial e alterações no período de férias. A categoria, em greve desde 25 de novembro, exige mais debate sobre o projeto e protestava para acompanhar a votação nas galerias da Câmara.

Segundo o SEPE, havia um acordo firmado entre o sindicato e a Presidência da Câmara, permitindo a entrada de 50 educadores nas galerias. No entanto, esse acesso foi barrado, gerando indignação entre os manifestantes.

Violência e Repressão

O SEPE-RJ acusa a PM de reagir de forma violenta contra os profissionais de educação. Há relatos e registros em vídeo de professores feridos. A direção do sindicato criticou duramente a repressão, afirmando que se trata de uma tentativa de enfraquecer o movimento legítimo da categoria.

“A repressão policial aos educadores é inaceitável. Lutar pelos direitos é uma ação legítima, e impedir o acesso às galerias é um desrespeito ao acordo firmado”, declarou o SEPE em nota.

Audiência e Tramitação do PLC

Antes do protesto, uma audiência com o presidente da Câmara, Carlo Caiado, havia resultado na entrega de uma decisão judicial do STJ ao parlamento, reconhecendo a ilegalidade da proposta de minutagem contida no PLC. Apesar disso, o líder do governo, vereador Átila Nunes, confirmou que o texto seria votado em primeira instância nesta terça-feira, enquanto as emendas só serão analisadas na quinta-feira.

Mobilização Contínua

Os educadores prometeram manter a vigília e convocaram uma nova assembleia para esta quarta-feira (4), às 9h, na quadra da São Clemente. O objetivo é organizar os próximos passos da mobilização contra o PLC 186/2024.

NOVOS GRUPOS DE WHATSAPP DO ECOSERRANO:

Deixe um comentário

* Ao utilizar este formulário, você concorda com o armazenamento e manuseio de seu nome, e-mail e IP por este website.

Matérias Relacionadas

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Aceitar Privacidade

Políticas de Privacidade e Cookies