Vereadores de Nova Friburgo aprovaram projeto do Prefeito Johnny Maycon que pode reduzir direitos dos educadores do município

Educadores afirmam que perderam direitos e piso nacional não será respeito em Nova Friburgo

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Donos de supersalários (veja os valores na reportagem) vereadores e prefeito podem prejudicado categoria que ganha até 10 vezes menos. Veja quem a categoria (nomes e fotos) aponta como os responsáveis 

Na última terça-feira, 21 de janeiro, a Câmara Municipal de Nova Friburgo realizou uma sessão extraordinária durante o recesso parlamentar para votar cinco projetos de lei complementar enviados pelo prefeito Johnny Maycon (A imagem de capa foi veiculada pelo SEPE-NF). Apesar do momento atípico para discussões tão relevantes – por conta do período de recesso do legislativo e da Educação -, os projetos foram aprovados, gerando grande insatisfação entre profissionais da Educação e entidades representativas, como o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE-NF).

A polêmica dos projetos aprovados

Entre os cinco projetos do Executivo, três se destacam pela polêmica: reajustes salariais, mudanças no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e a criação de benefícios aos servidores da Educação. Embora a prefeitura tenha anunciado um aumento de 44% no vencimento base do magistério em duas etapas — março e outubro —, o SEPE-NF aponta inconsistências graves. Segundo o sindicato, a incorporação de gratificações históricas ao salário base, como adicional de difícil acesso e regência, mascara perdas reais. Em alguns casos, o salário líquido dos profissionais pode até diminuir devido a novos descontos.

Além disso, o reajuste não cumpre o piso nacional do magistério, atualmente estabelecido em R$ 4.420,55. Para os servidores de apoio, o novo PCCS promete avanços, como triênios e licença-prêmio, mas o texto foi considerado punitivista e autoritário pela categoria por conta de trechos que mexem com a aposentadoria de educadores.

Críticas ao processo e insatisfação com vereadores

Educadores criticaram a forma como os projetos foram enviados à Câmara, em regime de urgência, sem diálogo prévio com os servidores. Nas redes sociais, a população também expressou insatisfação, classificando as medidas como “enganação” e “ataque aos direitos adquiridos”.

Outro ponto de tensão é o aumento dos salários dos vereadores, que passaram de R$ 8.229 para R$ 15 mil, e do prefeito, que subiu de R$ 19 mil para R$ 25 mil. Em contraste, os salários dos educadores, que variam entre R$ 1.800 e R$ 2.500, sofreram cortes em benefícios e mantiveram valores abaixo do piso nacional.

Revolta da categoria

Após a aprovação, a categoria denunciou que muitos vereadores não leram os projetos, se mostraram despreparados e votaram apenas para agradar o prefeito. Em resposta, os servidores prometem intensificar a mobilização nas próximas semanas para reverter as perdas.

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