Professores de Nova Friburgo recebem o Prêmio Paulo Freire da Alerj

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Maria Clara Estoducto  e Sandro Oitaven foram homenageados em projetos que analisaram metodologias participativas de Educação em solo e Complexo Agroecológico do CEFFA Rei Alberto I. Em novembro, alunos do CEFFA Rei Alberto I foram premiados na XVI Feira de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio de Janeiro (FECTI) 

Na última segunda-feira, 12, a professora Maria Clara Estoducto e o professor Sandro Oitaven, de Nova Friburgo, foram homenageados com o Prêmio Paulo Freire, entregue pela Comissão de Educação da Alerj. Além deles, outras 39 pessoas foram agraciadas na cerimônia realizada na Capela Ecumênica da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), no Campus Maracanã, Rio de Janeiro. A iniciativa é uma homenagem a um dos maiores educadores do país e reconhece projetos pedagógicos de professores em todo o Estado, desenvolvidos nas escolas e universidades públicas e também no âmbito da Educação popular.

A pesquisa de Maria Clara analisou metodologias participativas de Educação em solos na Escola Municipal CEFFA Flores, com foco na pedagogia da alternância como estratégia de sensibilização para a transição agroecológica. “Foi o meu projeto de dissertação de mestrado que desenvolvi nos últimos dois anos. Trabalhei com a pesquisa da avaliação de fauna do solo sob diferentes manejos, o convencional e o agroecológico. Dentro de uma linha de pesquisa na área da educação em solos e agroecologia”, explicou a professora.

Segundo a docente, o objetivo é trazer a reflexão da importância do solo como um organismo vivo que precisa ser preservado. “Na minha pesquisa visualizei que os parâmetros da BNCC nos livros didáticos de ciências e geografia do ensino fundamental não aborda muito essa questão, com informações ainda incipientes. Com esse mesmo Prêmio Paulo Freire nós também fomos premiados em primeiro lugar na Feira de Ciência e Tecnologia, em Nova Friburgo, que aconteceu no Colégio Nossa Senhora das Dores, em outubro”, comemorou.

O projeto denominado “Complexo Agroecológico”, de Sandro Oitaven, tem como objetivo apresentar diferentes formas de cultivos que dialoguem com o ambiente do entorno e leve em consideração as bases ecológicas. “Entre 2017 e 2022, foram criadas outras áreas anexas à Mandala Agroecológica: o Labirinto Agroecológico; Vermicompostagem com esterco caprino; Cultivo protegido (estufas); Sistema Agroflorestal; Cunicultura; e Compostagem”, destacou o professor.

Ainda de acordo com Sandro, o projeto obteve diversos resultados positivos: “replicação e experiências em propriedades de estudantes; Projetos de conclusão de curso com temas que foram discutidos nas práticas; fornecimento de salada para o almoço do CEFFA; premiações de estudantes em feiras de ciência e tecnologia. Com o retorno das aulas presenciais em 2022, as atividades práticas no Complexo foram retomadas, e o propósito de tornar o Complexo Agroecológico do CEFFA em uma unidade demonstrativa multifuncional de uma propriedade familiar, continua nos nossos sonhos de transformação para uma sociedade que se orgulhe da sua relação com a natureza” comemorou.

Mais prêmios para a Educação de Nova Friburgo

Nos dias 26 e 27 de novembro de 2022, aconteceu a XVI Feira de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio de Janeiro (FECTI). Ao todo, 114 projetos foram expostos e apresentados por estudantes do Ensino Fundamental e Médio. Entre os projetos reconhecidos e premiados, mais uma vez Nova Friburgo fez bonito. Os alunos Edes Veiga Maduro Junior, Kauã Ferreira da Silva e João Luiz de Faria Fernandes, do CEFFA CEA Rei Alberto I foram premiados na categoria Educação do Campo, através dos trabalhos: PRODUÇÃO DE MUDAS DE LÚPULO e CULTIVO DE REPOLHO ROXO E VERDE COM ADUBAÇÃO QUÍMICA E ORGÂNICA.

Com auxílio dos professores Sandro Oitaven, Maria Clara Estoducto Leonardo Voigt e Eduardo Spitz, o teve inicio em 2017 com implementação da Mandala Agroecológica (horta agroecológica em canteiros circulares) em um projeto interdisciplinar com a participação de três docentes de: Práticas Agroecológicas, Biologia e Sociologia. O CEFFA Flores é o único colégio do estado do Rio de Janeiro que adota como modelo a Pedagogia da Alternância, com raízes na França em 1935 como proposta de educação contextualizada para o camponês e sua família.

“A região de Nova Friburgo onde está inserido o CEFFA é uma importante região do Estado em relação a produção de alimentos, principalmente o cultivo de hortaliças. Essas produções muitas vezes estão associadas a formas de cultivos que geram impactos negativos na saúde coletiva da população e no ambiente como um todo. O CEFFA tem como estudantes principalmente filhas e filhos de agricultores locais”, disse Sandro.

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FECTI - Foto Divulgação
Maria Clara - Prêmio Paulo Freire - Foto Alan Andrade

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