Vídeo seria prova da conduta suspeita. Veja as imagens exclusivas recebidas pelo EcoSerrano
Escassez de água em Lumiar reacende protestos e leva moradores a acionar a Justiça
Moradores do Vale dos Peões, em Lumiar, distrito de Nova Friburgo, enfrentam um grave problema de escassez de água que atinge cerca de 150 famílias. Segundo documentos apresentados em assembleias, parte da nascente que abastece a comunidade teria sido desviada para uso privado em um empreendimento de aluguel por temporada.
As denúncias já foram protocoladas oficialmente no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, na Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Nova Friburgo e também na 151ª Delegacia de Polícia Civil, que devem apurar a responsabilidade sobre o caso.
Comunidade atingida
A nascente do Vale dos Peões, localizada em área de preservação permanente, sempre garantiu abastecimento contínuo e justo. Moradores afirmam que a intervenção irregular reduziu de forma significativa o fornecimento de água, afetando diretamente a rotina das famílias.
Segundo relatos coletados pelo Portal EcoSerrano, atividades básicas de higiene e alimentação já estão comprometidas, e muitos têm recorrido a formas improvisadas de armazenamento para não ficarem totalmente sem água.
Histórico de conflitos na comunidade
O acusado de desviar o curso da água já havia sido alvo de protestos em Lumiar no passado. Moradores relatam que, em 2023, ele teria fotografado de forma irregular o livro de assinaturas e documentos do livro de presença da Associação de Moradores e Amigos de Lumiar (AMA), conduta considerada duvidosa e incompatível com os princípios da entidade.
Na ocasião, um abaixo-assinado foi realizado pedindo sua exclusão da diretoria, mas, segundo registros, a presidência da AMA não deu prosseguimento ao pedido, gerando forte descontentamento na comunidade.
Reuniões e novas denúncias
Em assembleia realizada no final de setembro, moradores voltaram a cobrar providências e formalizaram um abaixo-assinado com aproximadamente 200 assinaturas, pedindo medidas urgentes contra o responsável pelo desvio e solicitando novamente sua exclusão da diretoria da AMA.
O Portal EcoSerrano procurou o presidente da associação, que informou ter encaminhado a solicitação ao setor jurídico. Até o fechamento desta reportagem, a entidade não havia se manifestado.
Ação judicial prevista
Além das denúncias já registradas, as famílias confirmaram a contratação de um advogado para ingressar na Justiça contra o acusado pelas supostas irregularidades. Segundo moradores, o processo deve ser protocolado até o início da próxima semana.
O objetivo é responsabilizar judicialmente os envolvidos, garantir a restituição do fluxo hídrico original e exigir reparações pelos danos causados à comunidade.
Expectativa da população
Para os moradores, a apropriação da água não apenas configura invasão de propriedade privada, como também ameaça a segurança hídrica de toda a região. Eles esperam que as autoridades atuem com celeridade e que a Justiça dê uma resposta clara e definitiva.
Enquanto aguardam providências, famílias seguem convivendo com a redução no abastecimento, que compromete diretamente a saúde pública e a qualidade de vida.
Fontes: Documentos protocolados junto ao Ministério Público, Prefeitura de Nova Friburgo, Polícia Civil, registros de assembleias comunitárias e relatos de moradores.
O que diz o acusado
Em nota enviada ao Portal EcoSerrano, o morador acusado de desviar o curso da água negou qualquer responsabilidade pelo fornecimento e afirmou que atua apenas como pessoa física, sem vínculo com a gestão do recurso hídrico. Ele destacou que, no seu entendimento, “questões ambientais devem ser respondidas por órgãos competentes, como a APAMC, e não podem ser confundidas entre denúncia e fato”.
O acusado também questionou a legitimidade do abaixo-assinado entregue na assembleia comunitária. Segundo ele, “as assinaturas foram colhidas em diferentes locais da região, algumas de forma equivocada, inclusive em eventos sociais, e acabaram sendo usadas dentro de um movimento eleitoral da associação”.
Sobre os questionamentos a respeito do suposto desvio da nascente, do vínculo com o imóvel citado e da razão de seu nome ser apontado, a nota finaliza: “as acusações seguem a mesma lógica já esclarecida; para assuntos legais, deve-se recorrer aos órgãos competentes, e informações de caráter pessoal não cabem nesse debate”.
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