“Não há mais o que fazer”, diz testemunha sobre área com mais de duas mil árvores derrubadas em Campo do Coelho

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Terreno teria sido alvo por duas vezes de Polícia Ambiental por crime ambiental. Ao menos cinco espécies de Mata Atlântica na lista de extinção podem ter sido derrubadas 

Um grande terreno no distrito de Campo do Coelho teria sido alvo de desmatamento ilegal. Ao que parece, a imensa mata com milhares de espécies nativas da Mata Atlântica foi colocada abaixo. O imóvel, segundo as fontes do EcoSerrano,  teria sido constantemente agredido desde 2017 tendo, inclusive, resultado em duas operações da Unidade de Policiamento Ambiental do Parque Estadual dos Três Picos contra o desmatamento.

De acordo com as fontes do EcoSerrano, durante a pandemia o processo teria se intensificado e o local chegou a ter dois flagrantes de cortes de árvores e supressão vegetal. Ao que parece, após as operações de fiscalização, o proprietário do terreno teria solicitado e conseguido as autorizações junto aos órgãos ambientais para suprimir o restante da mata.

Segundo uma das testemunhas ouvidas pelo portal, no relatório elaborado para o pedido dessa autorização constavam diversos erros e omissões, “com todos os indícios de má fé e de conivência por parte do analista que emitiu o parecer favorável”, denunciou. Ainda segundo as fontes do EcoSerrano, teriam constado no inventário florestal cinco espécies de árvores na lista oficial da flora brasileira ameaçadas de extinção, “o que por si só, já não permitiria a supressão da maneira como foi feita, ferindo a lei da Mata Atlântica (Lei N.11.428, de 22 de dezembro de 2006)”, destacou uma das fontes.

De acordo com as fontes “não há muito mais o que fazer, a não ser pedir a responsabilização dos infratores”, lamentaram.

Loteamento?

Em 2020, o mesmo terreno teria sido alvo de uma operação da 5ª UPAm, após uma denúncia de que 16 árvores nativas da Mata Atlântica de médio a grande porte haviam sido derrubadas. Em 2021, 40 mil m² de área degradada foram localizados no mesmo terreno pela 5ª UPAm.

A denúncia citava que homens vinham desmatando o terreno com objetivo de criar um loteamento clandestino no local e, com essas informações, a equipe lotada na Unidade de Policiamento Ambiental do Parque Estadual dos Três Picos esteve na Rua Eugenio do Rego Cabral onde identificaram uma propriedade murada e em seu interior, havia um caminhão cuja carroceria encontrava-se carregada com várias toras de árvores além de dois homens que cortavam outras árvores com auxílio de um machado. Todas as árvores eram de médio e grande porte com características nativas. Diante dos fatos, a equipe da 5ª UPAm procedeu com os acusados à 151ª DP, onde a ocorrência foi registrada com base no artigo 38 da lei de crimes ambientais.

Como denunciar?

A população pode denunciar crimes ambientais em todo o Estado do Rio através dos telefones 0300 253 1177 (interior, custo de ligação local) ou 2253 1177 (capital), além do APP “Disque Denúncia RJ” disponível para celulares. Por essa modalidade, o denunciante pode enviar fotos e vídeos, com a garantia do anonimato. É possível denunciar também através da página do Linha Verde no Facebook ou ainda pelo site do Disque Denúncia. Lembrando que em todos os canais, o anonimato é garantido ao denunciante.

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Apreensão de árvores derrubadas
Fontes: Disque Denúncia e Linha Verde

2 comentários

Cláudio Damião 23 de fevereiro de 2023 - 15:42

Um incentivo ao crime ambiental, visto que várias diligências anteriormente haviam sido realizadas e o crime perdurou. O correto, além da multa e outras punições, seria a determinação do reflorestamento da área.

Repetir
Julio Rodrigues 23 de fevereiro de 2023 - 16:44

Tb acho que o reflorestamento é uma medida muito importante de redução dos danos

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