Praias Selvagens do Rio de Janeiro ganharão novaa proteção do Inea - Foto Prainha

O que são as Praias Selvagens e onde elas ficam, no Rio de Janeiro?

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Cartões postais do Rio, Praias Selvagens estarão ainda mais protegidas

O governo do estado do Rio de Janeiro anunciou um projeto ambicioso para a criação de duas novas áreas de proteção marinha até 2025, incluindo o Parque Estadual Marinho das Praias Selvagens, que abrangerá as regiões de Grumari e Prainha, na zona costeira. A proposta, apresentada durante a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16) na Colômbia, visa apoiar a meta global de conservação de 30% das áreas marinhas até 2030, conforme o Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal de 2022. Essas serão as primeiras unidades de conservação marinha sob gestão do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), focadas na preservação da biodiversidade marinha.

Embora o Parque Natural Municipal da Prainha e Grumari já exista, sua proteção se limita ao solo, com foco na conservação terrestre. A nova reserva marinha proposta abrangerá aproximadamente 2.200 hectares, proporcionando uma cobertura de conservação focada em ecossistemas marinhos. Essa iniciativa conta com o apoio técnico da The Nature Conservancy (TNC), que realizará monitoramentos científicos e fornecerá dados sobre a biodiversidade local.

Processo de Criação e Escolha das Áreas

Segundo Marie Ikemoto, subsecretária de Mudanças do Clima e Conservação da Biodiversidade, a implementação das novas áreas exige múltiplas etapas, que incluem levantamento de dados e estudos de viabilidade. Além das praias de Grumari e Prainha, o estado considera outras áreas para conservação, especialmente na região costeira do Norte Fluminense, onde existem ecossistemas frágeis como manguezais e habitats de espécies ameaçadas.

“O estado já atingiu as metas de preservação em áreas terrestres, mas há uma falta de dados na zona marinha, o que torna parcerias fundamentais para a preservação da biodiversidade,” explicou Ikemoto.

Conservação e Parcerias

A TNC terá papel fundamental na execução do plano, apoiando a restauração de áreas estratégicas e criação de corredores ecológicos. A diretora de Políticas Públicas e Relações Governamentais da TNC Brasil, Karen Oliveira, destacou a importância da Mata Atlântica na conservação ambiental: “A Mata Atlântica abriga cerca de 70% da nossa população e é essencial para o combate às crises de clima e biodiversidade.”

Um dos principais objetivos da parceria é também fortalecer os corredores ecológicos, como o das reservas do Tinguá e Bocaina, conectando fragmentos florestais em uma área de 195 mil hectares e beneficiando nove municípios. Estes corredores permitem que políticas públicas direcionem esforços para restaurar ecossistemas críticos e promover práticas agrícolas sustentáveis, garantindo maior proteção de nascentes e habitats vitais.

Meta de Expansão e Próximos Passos

O secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, enfatizou que o Rio de Janeiro já possui uma grande experiência na gestão de áreas protegidas e que o objetivo é ampliar a proteção sobre a Mata Atlântica, atualmente protegida em cerca de meio milhão de hectares.

Os estudos sobre essas novas áreas marinhas estão programados para ocorrer até o próximo ano, com o processo de criação de uma das reservas previsto para iniciar em 2025. Com isso, o Rio de Janeiro reforça seu compromisso com a preservação da biodiversidade e com as metas globais de conservação.

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