Um dos traficantes mais procurados do Estado exibe vídeo com dezenas de fuzis de grosso calibre recém chegados. Imagens são chocantes
Um vídeo e uma foto que circulam nas redes sociais exibem traficantes da comunidade da Serrinha, localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro, ostentando um carregamento de 16 fuzis de grosso calibre e grande quantidade de munição. O líder do grupo, conhecido como Lacoste da Serrinha, seria o autor do vídeo e aparece em uma das imagens divulgadas. O material revela o poderoso arsenal que conseguiu chegar à comunidade, alertando para a escalada do armamento nas mãos do tráfico de drogas.
A Serrinha, situada no bairro de Vaz Lobo e próxima à divisa com Madureira, é conhecida não só por suas questões de segurança, mas também por seu profundo vínculo com a cultura carioca, sendo o berço de manifestações culturais como o jongo e o samba, e ligada historicamente à escola de samba Império Serrano. A comunidade, fundada logo após a abolição da escravatura, tornou-se lar de ex-escravizados e, ao longo do tempo, abrigou imigrantes sírios, como a famosa atriz de teatro Zaquia Jorge.
Quem é Lacoste da Serrinha?
Lacoste da Serrinha, líder do tráfico na região e procurado pela polícia, é apontado como integrante do Terceiro Comando Puro (TCP), facção que atua intensamente em várias áreas do Rio de Janeiro. Com uma extensa ficha criminal, ele é procurado por crimes como homicídio qualificado e associação ao tráfico, sendo acusado de diversos delitos graves no Morro da Serrinha, em Madureira, onde exerce o controle sobre o comércio ilegal de entorpecentes. A presença desse arsenal em suas mãos representa uma ameaça não só para a segurança pública, mas para a estabilidade da própria comunidade.
A importância cultural e a transformação da Serrinha
A Serrinha é uma das comunidades cariocas com maior relevância histórica e cultural. Fundada por ex-escravizados, a região abriga tradições centenárias, como o jongo, que remonta aos primeiros sambistas do início do século XX. Além disso, a Serrinha é lembrada por ter sido o lar de renomadas escolas de samba, como o extinto Prazer da Serrinha e o Império Serrano, que até hoje mantém fortes laços com a comunidade.
A trajetória da comunidade também inclui uma marcante influência da imigração síria. No sopé do morro, famílias sírias se instalaram na década de 1920, entre elas, a da atriz Zaquia Jorge, uma figura lendária do teatro de revista e fundadora do primeiro teatro de Madureira. Em sua homenagem, sambas imortais como “Madureira chorou” e “Estrela de Madureira” foram compostos, mantendo viva a memória cultural do bairro.
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