Acampamento no Tiro de Guerra de de Nova Friburgo de eleitores de Jair Bolsonaro em 2022

“Não aceitaram o resultado das eleições de 2022”: Delegado diz que não houve extorsão

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Acusação seria retaliação de “pessoa que anda armada ilegalmente” e diz que agiu em defesa da esposa. Leia a matéria, veja o vídeo e entenda o caso

Na última segunda-feira, 29 de julho, o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ), em conjunto com a Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e a Corregedoria de Polícia Civil, cumpriram quatro mandados de busca e apreensão em endereços ligados a dois delegados da Polícia Civil. A operação, batizada de Aedos, teve como alvo os delegados Júlio César Pyrrho de Carvalho e Henrique Paulo Mesquita Pessoa, acusados de concussão.

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Acusações e Investigação

De acordo com a denúncia apresentada pelo GAECO/MPRJ, os delegados teriam exigido dinheiro de duas vítimas para não dar prosseguimento a um inquérito policial. O crime, segundo as investigações, ocorreu em 7 de novembro de 2022, quando ambos estavam lotados na 151ª Delegacia de Polícia (Nova Friburgo). Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Nova Friburgo, após a apuração de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) conduzido pelo GAECO/MPRJ.

Defesa do Delegado Henrique Paulo Mesquita Pessoa

Nesta quarta-feira, 31 de julho, o delegado Dr. Henrique Pessoa divulgou um vídeo em que defende sua inocência, alegando que as acusações são parte de uma armação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Nova Friburgo, insatisfeitos com a vitória de Lula nas eleições de 2022.  O delegado relatou que, após as eleições, um grupo de bolsonaristas na cidade elaborou uma lista para boicotar estabelecimentos comerciais, incluindo os da esposa do delegado, que é uma profissional liberal. Ele afirma que um dos envolvidos na lista de boicote, é um policial, paciente psiquiátrico e supostamente um instrutor de tiro, que também é membro de um grupo de Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs) de Nova Friburgo. Ele e um outro homem, foram chamados para prestar depoimento. Ainda de acordo com Henrique Pessoa, a dupla costuma andar armada de forma irregular, pela cidade.

Segundo pessoas próximas ao delegado, Henrique Pessoa teve uma atuação firme durante as Eleições 2022 e do acampamento no Tiro de Guerra, o que irritou e incomodou eleitores de Bolsonaro, que não aceitaram a derrota para Lula. Por isso, para estas pessoas, a ação seria armada para prejudicar o delegado.

Incidente e Alegações de Concussão

De acordo com o delegado, durante o depoimento, foi feita uma proposta de conciliação com o pagamento de R$ 5 mil, realizada na presença de advogados e documentada com um recibo. Posteriormente, os envolvidos levaram a gravação do diálogo ao Ministério Público, alegando extorsão. Henrique Pessoa afirmou que não houve nenhuma ilegalidade em suas ações e que estava apenas defendendo sua esposa e sua família contra pessoas armadas e desequilibradas. “Ao lidar com essas circunstâncias, qual dos senhores não defenderia sua esposa ou sua família?”, questionou o delegado em sua defesa.

O delegado disse ainda que no momento em que o Ministério Público esteve em sua casa para as buscas e apreensões do aparelho celular, uma equipe de jornalistas do SBT já estava posicionada para fazer as imagens e que um membro do MPRJ vazou o telefone de sua filha para a imprensa. A atitude reforçaria que toda a ação seria midiática, para prejudicá-lo.

O Ministério Público segue investigando o caso para determinar a veracidade das acusações e tomar as medidas cabíveis. A operação Aedos é parte dos esforços contínuos das autoridades para combater a corrupção e garantir a integridade das instituições públicas.

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