Após o vídeo vazar, Justiça diz que líderes de igreja evangélica utilizaram suas influências para direcionar votos. Veja na matéria o nome de todos os envolvidos, o vídeo vazado e a igreja alvo de investigação
O Ministério Público Eleitoral (MPE) se pronunciou nesta segunda-feira (30/09) sobre irregularidades envolvendo propaganda eleitoral em igrejas de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio. A denúncia, recebida pelo sistema Pardal, aponta que a Igreja Quadrangular de Mury realizou propaganda política durante um culto, conduzido pelo pastor Sabino. O religioso teria promovido o candidato a vereador Jorge Leite, do PL, e exibido um vídeo de campanha eleitoral explícita.
De acordo com o MPE, a propaganda eleitoral irregular não se limitou à igreja de Mury. O vídeo indica que a ação se repetiu em outras congregações da Igreja Quadrangular na cidade, como as unidades de Olaria e Ponte da Saudade, com a participação de outros pastores, como Deiverson, Fabiana, e Reinaldo. O próprio candidato Jorge Leite também aparece em um dos vídeos gravados.
Uma gravação adicional, enviada diretamente à 26ª Promotoria Eleitoral, reforça as evidências de que a prática de propaganda eleitoral ocorreu em diferentes cultos da denominação. Segundo a Promotoria, a legislação eleitoral brasileira, mais especificamente o artigo 37 da Lei nº 9.504/97, proíbe qualquer tipo de propaganda eleitoral dentro de igrejas e templos religiosos.
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Abuso de poder religioso
O MPE alerta que essas ações não configuram apenas propaganda irregular, mas também podem ser interpretadas como abuso de poder religioso, já que líderes de igrejas utilizam sua influência para direcionar o voto dos fiéis. Isso fere a isonomia entre os candidatos e prejudica a igualdade no processo eleitoral.
“O uso da fé para fins eleitorais desequilibra o pleito e prejudica a igualdade entre os concorrentes”, destaca o documento do MPE. A prática pode levar à cassação do registro de candidatura de Jorge Leite, além de sanções para os pastores envolvidos.
O candidato Jorge Leite e o prefeito Johnny Maycon, que também foi citado nas denúncias, foram notificados para se manifestarem sobre o caso. A situação será analisada pela 222ª Zona Eleitoral, que conduzirá a investigação.
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