Investigação da PF aponta para “elementos contundentes” de plano para golpe de estado
Um relatório detalhado da Polícia Federal (PF), elaborado por uma equipe de investigadores de alta confiança da atual gestão, concluiu que houve uma tentativa de golpe no Brasil após as eleições de 2022. O documento será encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que, por sua vez, o enviará para análise do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Caberá a Gonet decidir sobre a apresentação de uma denúncia formal contra os envolvidos.
Os principais pontos do relatório
A investigação da PF traz elementos contundentes que detalham um plano para desestabilizar a democracia brasileira. Segundo fontes, o documento conecta diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro ao esquema, incluindo:
- Propagação de fake news: Estratégia para mobilizar a base bolsonarista e criar ambiente favorável ao golpe.
- Acampamentos em frente a quartéis: Organização para manter a militância ativa.
- Minuta do golpe: Bolsonaro teria acesso e feito alterações no documento que planejava uma ruptura institucional.
- Reuniões de cúpula: Discussões estratégicas com integrantes do alto escalão do governo para tentar se manter no poder.
- Invasão aos Três Poderes: Ataques ao Planalto, Congresso e STF no dia 8 de janeiro de 2023.
- Planos de assassinato: Conspirações para eliminar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
Impacto sobre Bolsonaro
O relatório promete comprometer ainda mais o ex-presidente do ponto de vista criminal. Ele será apontado como figura central em todas as fases do plano golpista. Outros membros de seu governo, como os generais Walter Braga Netto, Augusto Heleno Ribeiro e o ex-ministro Anderson Torres, também serão indiciados. Alexandre Ramagem e outras dezenas de pessoas também serão indiciados.
Cautela nas investigações
Desde o início, a PF optou por evitar ações drásticas, como prisões preventivas, para não inflamar o cenário político ou gerar atritos com a alta cúpula militar. A estratégia foi reunir todas as provas em um relatório robusto e aguardar o julgamento pelo STF, após eventual denúncia formal da PGR.
Próximos passos
Com o envio do relatório ao STF, espera-se que o caso avance rapidamente. A expectativa é de que as sentenças sejam definidas pelo plenário da Suprema Corte até o próximo ano.
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