Ordem de prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Veja todos os detalhes na matéria
O ex-presidente da República e ex-senador Fernando Collor de Mello foi preso na madrugada desta sexta-feira (25) em Maceió (AL), pouco antes de embarcar para Brasília, onde pretendia se entregar voluntariamente. A ordem de prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na noite de quinta-feira (24), após considerar que os recursos apresentados pela defesa eram de caráter “meramente protelatório”.
Segundo os advogados de Collor, a detenção aconteceu às 4h da manhã, quando o político se deslocava para cumprir espontaneamente a decisão. Ele está atualmente custodiado na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana.

Fernando Collor de Mello é preso em Maceió por consequência da Operação Lava Jato – Valter Campanato – Agência Brasil
📉 Terceiro ex-presidente preso desde a redemocratização
Com essa decisão, Fernando Collor torna-se o terceiro ex-presidente da República a ser preso desde a redemocratização do país. Em 2023, ele foi condenado pelo STF pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, acusação que teve origem na Operação Lava Jato.
💰 Esquema de propina envolvendo a BR Distribuidora
Segundo as investigações, Collor recebeu aproximadamente R$ 29,9 milhões em propinas entre 2010 e 2014, para facilitar contratos da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, com a UTC Engenharia. O objetivo dos pagamentos seria viabilizar, de forma ilícita, a construção de bases de distribuição de combustíveis.
O STF, no entanto, reconheceu como comprovados R$ 20 milhões em propina, valor inferior ao denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Além de Collor, também foram condenados os empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos.
🔎 Denúncia e julgamento no STF
Collor foi denunciado pela PGR em 2015 por crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, peculato e obstrução de Justiça. Porém, ao tornar o ex-presidente réu em 2017, o STF descartou as acusações de peculato e obstrução. Em 2023, ao proferir a sentença condenatória, os ministros também declararam prescrito o crime de organização criminosa.
O processo tramitou no Supremo porque, na época da denúncia, Collor era senador pelo PTB de Alagoas. O nome do ex-presidente apareceu nas delações premiadas de Alberto Youssef, Ricardo Pessoa e Rafael Ângulo, que detalharam entregas de dinheiro em espécie, inclusive em um apartamento em São Paulo.
⚠️ Sessão de análise no STF
Nesta sexta-feira (25), o STF realiza uma sessão plenária virtual, das 11h às 23h59, para que os ministros analisem a decisão individual de Moraes. Enquanto isso, a ordem de prisão segue em vigor.
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
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