Em Nova Friburgo, mulheres são minoria na área de Tecnologia da Informação

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Mapeamento da Firjan mostra expansão do setor no país. Procura por qualificação em T.I é maior no público feminino

 Na última segunda-feira, 19, o EcoSerrano publicou uma reportagem que mostra como as mulheres têm sido maioria na procura por cursos de capacitação profissional. Os dados sugerem que o abismo social existente entre os gêneros cria dificuldades para que mulheres ocupem posições de chefia, liderança, além de obter salários equânimes ou superiores aos homens. Diante deste cenário, resta ao público feminino empreender esforço maior para se fazer valer em uma disputa igualitária no mercado de trabalho.

Para isso, diversos atrativos como cursos e oficinas de capacitação e aprimoramento têm sido ocupados, em grande parte, por elas. O fenômeno pode ser observado em Nova Friburgo, através das atividades oferecidas no Polo Uerj Nova Friburgo, nos setores de Educação, Cultura e Esporte. Conforme constatado pelos instrutores Guilherme Alt e Igor Arnaldo, foram as mulheres que registraram o maior número de inscrições e frequência nestas atividades.

Responsável por seis cursos e oficinas voltados para a área de Tecnologia da Informação, Igor Arnaldo constatou que dos 76 inscritos em suas atividades, 57 são mulheres. “Admiro e aplaudo a procura pelo conhecimento por todos os alunos e alunas. Infelizmente ainda existe um tabu de que T.I não é para mulheres. Hoje, a quantidade de alunas em sala de aula é o triplo de alunos”, comemorou Igor.

Mapeamento da Firjan mostra expansão do setor de Tecnologia

O Mapeamento da Indústria Criativa, elaborado pela Firjan, analisa o setor entre 2017 e 2020 e mostra que o número de profissionais criativos, apesar da crise, cresceu 11,7% em relação a 2017. Atualmente, o Brasil conta com 935 mil profissionais criativos formalmente empregados, o que equivale a 70% de toda a mão de obra que atua na indústria metal mecânica brasileira. O levantamento reflete as transformações da nova economia, caracterizada por novos modelos de negócio, hábitos de consumo e relações e tem como fonte principal o Ministério do Trabalho e Previdência. 

A Firjan divide o Mapeamento em quatro áreas criativas – Tecnologia, Consumo, Mídia e Cultura* -, e considera os dados do mercado de trabalho formal. Conforme o estudo, Consumo e Tecnologia representam mais de 85% dos vínculos empregatícios. O crescimento foi robusto, com taxas de expansão de 20,0% e 12,8%, respectivamente, um reflexo direto da expansão da tecnologia na pandemia e da necessidade da transformação digital de empresas de todos os segmentos para aumento de eficiência.

Puxado pelas áreas de Tecnologia e Consumo, a participação do PIB Criativo no total do PIB  brasileiro passou de 2,61% em 2017 para 2,91% em 2020, totalizando R$ 217,4 bilhões.

“Este estudo serve para conhecermos mais o setor da Indústria Criativa, estimular políticas públicas específicas e orientadas para cada setor, além de ajudar a definir estratégias de negócio para as áreas”, explica Julia Zardo, gerente de ambientes de inovação da Firjan. 

Nova Friburgo tem minoria de mulheres em T.I

Segundo o Mapeamento da Firjan, as mulheres são minoria em todos os setores da área de Tecnologia da Informação. Em Nova Friburgo, não é diferente. De acordo com os dados divulgados pela entidade, existem 66 desenvolvedores de sistemas de tecnologia da informação (técnico)”. Destes, somente 5 são mulheres. Dos três desenvolvedores web no município, não há nenhuma mulher.

Apenas 37,4 % dos 24 gerentes de tecnologia da informação e afins são mulheres. Entre os programadores de máquinas – ferramenta com comando numérico, dos três profissionais em Nova Friburgo, apenas uma é mulher.

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