Polícia prende quadrilha envolvida em esquema de cartões de Vale Transporte e desvio de medicamentos de uso controlado. Informações sobre servidor vem à tona em caso escandaloso. Veja todos os detalhes na reportagem
Uma ação conjunta da Polícia Civil e da Polícia Militar prendeu, na última sexta-feira (4), quatro pessoas em flagrante por participação em um esquema criminoso envolvendo fraudes com cartões RioCard e desvio de medicamentos controlados, em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio. Entre os presos está um servidor público contratado pelo prefeito Johnny Maycon, em 2022, que atuava no setor de Farmácia do Hospital Municipal Raul Sertã.
Segundo as investigações da 151ª DP, o grupo é acusado de estelionato, apropriação indébita qualificada, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Os prejuízos à empresa lesada já ultrapassam R$ 540 mil.
Esquema com cartões de vale-transporte
De acordo com a polícia, R. da R. B., funcionário de alto escalão de uma empresa local, fraudava a emissão de cartões RioCard em nome de trabalhadores inexistentes. Com o apoio de servidores de empresas de ônibus, ele utilizava os cartões – aproximadamente 250 – para vender passagens e repassar valores para contas pessoais. Os recursos eram distribuídos entre ele, seu companheiro D. J. P., sua sogra C. P. e uma quarta envolvida, A. I. C., que atuava num guichê da rodoviária de Duas Barras. A quadrilha usava inclusive maquininhas próprias para realizar operações com os cartões e ocultar o desvio dos recursos.
Desvio de medicamentos e irregularidades no Hospital Municipal
Durante a operação, foram apreendidos, na casa do casal, mais de 500 medicamentos de uso controlados, além de receitas médicas e carimbos falsificados. O caso está sendo apurado em processo separado.
Um dos presos é servidor do Hospital Raul Sertã desde 2022, atuando no setor farmacêutico. O salário líquido girava em torno de R$ 5.000, acrescido de gratificação de R$ 800 autorizada pelo prefeito. Além disso, ele recebia horas extras em valores consideráveis, mesmo tendo vínculos com outras instituições que geravam conflito de horários com o expediente da Prefeitura.
A suspeita é de que ele comparecesse ao hospital por períodos limitados, sem cumprir a carga horária total. Ainda assim, as horas extras eram lançadas e pagas, o que levanta a hipótese de conivência por parte de superiores na Secretaria de Saúde.
Câmara exige explicações
O vereador Cláudio Damião expressou sua preocupação com a contratação do servidor e cobrou explicações da gestão municipal. Ele questiona a compatibilidade das jornadas de trabalho e a autorização de horas extras sem comprovação efetiva de presença.
Os envolvidos permanecem presos e à disposição da Justiça. A Polícia Civil segue investigando o caso, que pode envolver mais pessoas e desdobramentos administrativos dentro da Prefeitura de Nova Friburgo. A Prefeitura de Nova Friburgo ainda não se manifestou sobre o caso. O portal EcoSerrano entrou em contato com o Executivo friburguense, mas até o momento não obteve resposta.
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1 comentários
Se mexer direitinho no vespeiro acha mais coisa (e mais gente)