Polícia encontra Resort do Crime no Rio, usada pelo traficante Peixão

Imagens são impressionantes: estrutura de luxo tinha lago artificial, piscina, academia de ponta e área VIP para os criminosos. Veja as imagens

Nesta terça-feira (11/03), a Polícia Civil e a Polícia Militar deflagraram uma grande operação no Complexo de Israel, localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro. A ação tem como objetivo o cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como “Peixão”, um dos líderes da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP).

A operação conta com agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), e policiais militares do Comando de Operações Especiais (COE).

Tiroteio e impactos na mobilidade urbana

Na chegada das equipes, houve intenso confronto armado, levando ao fechamento preventivo da Avenida Brasil por alguns minutos. No entanto, por volta das 6h, o trânsito já fluía normalmente na via.

Os impactos da operação também atingiram o sistema ferroviário. Os trens do Ramal Saracuruna, da Supervia, tiveram a circulação interrompida entre Caxias e Penha até a última atualização desta reportagem.

Demolição de imóveis de luxo financiados pelo tráfico

Um dos principais alvos da operação é a demolição de construções de alto padrão erguidas com dinheiro do tráfico. Entre elas, está o chamado “Resort Green”, um espaço luxuoso em Parada de Lucas que contava com um lago privado para a criação de carpas, piscinas e uma academia de musculação equipada com aparelhos modernos.

Segundo investigações da DRE, o local era usado não apenas como refúgio para o líder do TCP, mas também como base de armazenamento de armas e drogas da facção. Além disso, a construção foi realizada de forma irregular em uma área de preservação ambiental, resultando na supressão de vegetação nativa e na alteração do curso de água da região.

Declaração oficial da Polícia Civil

O delegado Felipe Curi, chefe da Polícia Civil, reforçou a necessidade de uma ação contundente contra os grupos criminosos da região:

“A gente tem que dar um tratamento mais rigoroso, incisivo e contundente contra estes narcotraficantes, que são, na verdade, narcoterroristas que atiram contra a população para fazer cessar a operação policial”, afirmou.

A operação também busca coletar provas que fortaleçam as investigações sobre a associação criminosa e apreender materiais ilícitos, incluindo armas de fogo, equipamentos eletrônicos e documentos que possam contribuir para a elucidação de crimes na região.

As equipes continuam atuando no local, e novas atualizações serão divulgadas conforme o andamento da operação.